A Apis PróBaby desenvolveu um especial para você que tem dúvidas sobre como acontece a Rotina na Maternidade assim que o bebê nasce. Vamos contar tudo sobre os primeiros cuidados que o bebê recebe após o nascimento, confira!
O momento do parto é especial e único. E independente da escolha pelo parto normal ou cesárea, algumas informações são essenciais para a chegada do bebê.
1) Pediatra na sala de parto: Você sabia que, de cada 100 crianças, 10 vão precisar do pediatra para auxiliar com sua primeira respiração, e 1 delas ainda necessitará de manobras de reanimação avançadas? Por isso, ter em sala um pediatra preparado para essas situações é de suma importância! A família pode optar pelo seu próprio pediatra ou pelo pediatra de plantão no hospital.
2) Secar e aquecer o bebê: quanto mais tempo o bebê passa na barriga da mamãe, mais vérnix ele acumula. O vérnix é uma camada esbranquiçada que protege o bebê durante sua vida no meio aquático, dentro do útero. Quando o bebê nasce, seca-se apenas o excesso de água para envolvê-lo em um pano seco, para evitar a hipotermia.
3) Contato pele a pele: logo após o nascimento do bebê, se ele estiver chorando e bem, é colocado imediatamente em contato com os seus pais. Isso conforta o bebê e aumenta o vínculo entre pais e filho.
4) Clampeamento do cordão: hoje em dia, ginecologistas e pediatras optam pelo clampeamento tardio do cordão. Como é isso? Espera-se até a última pulsação no cordão para, então, cortá-lo e separar o bebê da placenta. Se for de desejo do pai, ele mesmo pode fazer o corte!
5) Avaliação do pediatra: ainda na sala de parto, depois do bebê ter tido contato com os pais, o médico fará o primeiro exame físico geral do bebê. Se estiver tudo bem, o bebê receberá algumas medicações e vacinas, o primeiro estímulo para amamentação em seio materno e ficará com a sua família no quarto até a alta.
Após a alta na maternidade, entre o 5° e o 7° dia em casa, o bebê deverá passar em consulta com seu pediatra no consultório.
O colírio de nitrato de prata a 1% (ou Credé, como é chamado), tem seu uso obrigatório desde 1977 nas maternidades do Brasil.
Com uma gotinha em cada olho, logo após o nascimento, o colírio é capaz de prevenir a conjuntivite neonatal, causada pela bactéria gonococo, que pode ser transmitida durante o nascimento, no contato do bebê com a flora vaginal da mamãe, ou se a bolsa estiver rota durante o parto cesárea.
O uso do colírio diminuiu as taxas de conjuntivite neonatal e, consequentemente, a principal causa de cegueira infantil.
No entanto, o assunto se tornou polêmico hoje em dia: fazer ou não fazer seu uso? Isso porque o Credé também pode gerar um quadro irritativo, chamado de conjuntivite química, deixando o olho do bebê remelado por alguns dias.
O acompanhamento adequado durante o pré-natal permite combater não só o gonococo, mas outras bactérias que não são eliminadas com o colírio. Por isso, a mamãe tem o direito de recusar o uso do Credé na sala de parto, desde que exista comprovação de um pré-natal adequado e exames negativos.
Você sabia que a administração da Vitamina K, ainda na sala de parto, ajuda a prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido?
Esse sangramento, geralmente interno, e de forma grave, pode ser evitado com a Vitamina K pois ela é responsável por ativar algumas proteínas essenciais na coagulação do sangue; e os bebês apresentam uma reserva muito baixa dela ao nascer, além de outros fatores de coagulação.
Embora não esteja prevista em lei, a aplicação da Vitamina K após o nascimento é uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar o sangramento precoce.
Pelo fato da administração oral ser controversa por diversos fatores, e não ter comprovação científica, a Vitamina K ainda é aplicada de forma intramuscular, sendo essa a versão mais indicada.
A Hepatite B é a mais perigosa das hepatites e uma das doenças mais frequentes no mundo, causada por um vírus altamente transmissível que causa uma grave infecção no fígado, transmitido através do sangue, sêmen ou secreções vaginais. Por ser facilmente prevenida por meio de vacinação, o Programa Nacional de Imunização recomenda que todos os recém-nascidos sejam vacinados, ainda na sala de parto (ou até 12 horas depois), contra a Hepatite B.
Se por algum motivo essa imunização não for possível, é extremamente recomendado que os papais levem seus bebês o mais breve a um posto de saúde ou clínica particular para sua aplicação.
Importante: recém-nascidos de mamães que já sejam portadoras da Hepatite B necessitarão de uma atenção especial, e deverão receber imunoglobulina específica + vacina imediatamente após o parto. Isso tudo para diminuir o risco do bebê desenvolver a doença.
A BCG é uma das mais populares imunizações dentro do calendário de vacinação. Protegendo todos nós contra a tuberculose, para se ter uma noção de sua importância, ela já é aplicada desde 1921 (quase 100 anos!) e ainda hoje é essencial.
Uma característica particular da BCG é que, após a aplicação da vacina no bracinho do bebê, surge uma pequena lesão – uma elevação na pele. Depois de cerca de um mês, essa elevação regride e aparece uma pequena úlcera – isso é completamente normal. Somente se surgir pus, ou o machucado ficar muito grande, é necessário procurar auxílio médico. Caso a pele não manifeste nenhuma alteração, o médico também deverá ser alertado.
A BCG é uma vacina aplicada bem superficialmente na pele, e só deve ser administrada em recém-nascidos com peso igual ou maior que 2kg, preferencialmente, na sala de parto ou antes de deixar a maternidade.
A ansiedade para conhecer o recém-nascido que acabou de chegar ao círculo familiar ou de amizade é grande. No entanto, é preciso um pouquinho de atenção, afinal, uma nova configuração de família está se formando, são muitas as mudanças – é preciso compreensão, além de questões de saúde requererem cuidados.
Para não gerar inconvenientes, alguns cuidados que devemos ter são:
1) Pergunte antes, para a nova mamãe e novo papai, se eles querem receber visitas na maternidade. Se não, procure um momento mais oportuno para conhecer o novo bebê.
2) Evite horário de refeições e horários de ‘pico’, onde é sabido que haverá muitas pessoas ao mesmo tempo tentando a visita.
3) Evite levar crianças. Além do excesso de barulho, crianças podem querer pegar o bebê, beijar, acarinhar, e isso pode deixar os pais em uma situação desconfortável.
4) Não peça para pegar o bebê, espere os papais oferecem.
5) E vá preparado: não fume, não use perfumes e lave muito bem as mãos ao chegar.
6) Faça visitas rápidas, afinal, a mamãe acabou de passar por um parto e o bebê dorme a maior parte do tempo.
7) Não pegue na mãozinha do bebê e não ofereça beijos.
8) Evite muitos palpites – a nova mamãe ainda está se descobrindo nessa nova função, e alguns comentários podem se tornar inconvenientes.
9) Só tire foto (e poste nas redes sociais) após perguntar para os papais se eles estão de acordo.
10) Por fim, procure deixar a nova mamãe sozinha para amamentar – esse ainda é um processo novo, tanto para ela quanto para o bebê, e quanto mais tranquilos estiverem, maiores os benefícios.
Com essas pequenas atenções, você demonstrará para a nova família todo seu carinho e respeito nesse momento único para eles.
A triagem neonatal é realizada na maternidade antes da alta do bebê, e permite diagnosticar diversas doenças ainda no período neonatal – bem a tempo de serem realizadas intervenções, se necessárias.
Os principais testes realizado na triagem são:
– Teste da orelhinha: realizado pela fono, para avaliar a audição do bebê.
– Teste do olhinho: com a ajuda de um oftalmoscópio, o pediatra é capaz de identificar o reflexo avermelhado através da pupila, excluindo a catarata congênita e outras alterações.
– Teste da linguinha: diagnostica a famosa “língua presa”, causada pelo frênulo lingual curto.
– Teste do coraçãozinho: permite identificar precocemente problemas cardíacos graves, e é realizado pela equipe de enfermagem após as 24h de vida do bebê.
– Teste do pezinho: extremamente importante para detectar doenças graves no bebê, é realizado através de uma gota de sangue colhida após as 48h completas de vida do bebê. O teste básico é obrigatório em todo o território nacional, e pesquisa 6 doenças básicas (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia de adrenal congênita e deficiência de biotinidase). Nas instituições privadas, o teste ampliado inclui mais 3 doenças (galactosemia, deficiência de G6PD e toxoplasmose congênita) e outros possíveis erros inatos do metabolismo, cerca de mais de 38 doenças. O teste demora em média 15 dias e deverá ser levado para o Pediatra no consultório.
A icterícia neonatal é um quadro que acomete cerca de 80% dos bebês recém-nascidos. Sua principal característica é o tom de pele amarelo-alaranjado. O primeiro local a ficar amarelinho é a esclera (o branco dos olhinhos) dos bebês, e ele é o último a clarear.
Apesar de não ser grave, a icterícia requer cuidados. Sua causa é o excesso do pigmento amarelo chamado bilirrubina no sangue do bebê, que em geral, acontece pela imaturidade do fígado dos recém-nascidos em metabolizar esse pigmento – e esse é um processo evolutivo.
Na maioria dos casos, a icterícia desaparece espontaneamente. Em outros, o médico identificará a necessidade de colocar o bebê em banho de luz – conhecido como fototerapia – uma iluminação especial azul, que altera a estrutura da bilirrubina e ajuda a diluir o pigmento no sangue e a ser eliminado na urina.